
Sentado no chão e um papel sobre a mesa.
Um copo ao meu lado e caderno na mão.
Um gole após o outro e tudo toma forma,
tudo se mistura tudo se transforma.
Um louco cantando o que eu não entendo
parece outra língua mais soa tão bem.
Bebida e poesia combinação perfeita.
E um verso pro louco eu faço outra vez.
Louco como as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar.
Louco como as pontas dos dedos amarelos e queimados.
Louco como um chá de cogumelos...
Amarelos.
O doce roubado de criança adulta é muito melhor.
E o cheiro desse seu perfume que não me sai do pensamento
me fazendo rir todo o tempo.
E já não vejo e nem faço nada certo.
Tudo passa lento tudo está tão perto.
O fim chegou mais rápido do que eu pude imaginar,
e eu nem consegui dormir não consegui sonhar.
E apologicamente falando faltam-me
versos, rimas e neurónios.
Sobram palavras e pensamentos sem nexo.
E mais uma vez o fim chegou mais rápido do que eu pude imaginar.
M.Morandi
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